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Title: The changing course of the Amazon River in the Neogene: center stage for Neotropical diversification
RESUMO Este trabalho é uma revisão das evidências geológicas sobre a origem do moderno rio Amazonas transcontinental, e a história paleogeográfica das conexões ribeirinhas entre as principais bacias sedimentares do norte da América do Sul durante o Neógeno. São revisados novos conjuntos de dados geocronológicos usando isótopos radiogênicos e estáveis, e de métodos geocronológicos tradicionais, incluindo sedimentologia, mapeamento estrutural, exploração sísmica e bioestratigrafia. O atual rio Amazonas e sua bacia continental se formaram durante o final do Mioceno e do Plioceno, através de alguns dos maiores eventos de captura de rio na história da Terra. Os sedimentos andinos são registrados pela primeira vez no leque fluvial do Amazonas por volta de 10,1-9,4 Ma, com um grande aumento na sedimentação a cerca de 4,5 Ma. O rio Amazonas transcontinental, portanto, se formou durante um período de cerca de 4,9 a 5,6 milhões de anos, por meio de vários eventos de captura de rios. Acredita-se que as origens do moderno rio Amazonas estejam ligadas às paisagens de inundação da América do Sul tropical (por exemplo, várzeas, pantanais, savanas sazonalmente inundadas). As áreas pantanosas persistiram em cerca de 10% do norte da América do Sul sob diferentes configurações por mais de 15 milhões de anos. Embora as reconstruções paleogeográficas apresentadas sejam simplistas, elas são oferecidas para inspirar a coleta e análise de novos conjuntos de dados sedimentológicos e geocronológicos.  more » « less
Award ID(s):
2103501
NSF-PAR ID:
10237435
Author(s) / Creator(s):
; ;
Date Published:
Journal Name:
Neotropical Ichthyology
Volume:
16
Issue:
3
ISSN:
1679-6225
Format(s):
Medium: X
Sponsoring Org:
National Science Foundation
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  1. Resumo As águas subterrâneas do aquífero Quaternário do Vale Aluvial do Rio Mississippi (VAM) no sudeste do Arkansas (SE AR), EUA, tem salinidade mais alta em comparação com outras águas subterrâneas do VAM. Estudos anteriores defenderam a infiltração de água evaporada no solo como uma fonte primária para a salinidade elevada, embora a infiltração de rios locais e fontes de águas subterrâneas profundas também tenham sido consideradas. Dados geoquímicos e isotópicos de irrigação, abastecimento público e poços industriais, bem como dados geológicos de subsuperfície, são usados para demonstrar que o fluxo ascendente de água salina ao longo de falhas regionais é a principal fonte de salinidade nas águas subterrâneas do aquífero VAM no SE AR. As concentrações de sódio, cloreto (Cl - ) e brometo (Br - ) ilustram as relações de mistura entre a água subterrânea do aquífero VAM e a salmoura da Formação Jurássica Smackover, com porcentagens de mistura de <1% da salmoura Smackover sendo a fonte de Cl - , Br - e outros íons em águas subterrâneas do VAM com salinidade elevada. Dados de isótopos estáveis de oxigênio e hidrogênio sugerem mistura substancial da água da Formação Paleogénica Wilcox com a água subterrânea do aquífero VAM e vários graus de concentração evaporativa. Dados de isótopos de radiocarbono e hélio defendem contribuições de água rica em cloreto, pré-moderna e relativamente fresca para recarga do aquífero VAM. A concentração de cloreto nas águas do aquífero VAM segue de perto a distribuição espacial das características de liquefação induzida por terremotos e falhas geológicas conhecidas ou suspeitas no SE AR e no nordeste da Louisiana. Um modelo conceitual é desenvolvido onde fluidos da bacia profundamente assentados em reservatórios sobrepressores migram para cima ao longo de falhas durante e após terremotos do Holoceno para o VAM sobrejacente ao longo de 100 a 1,000 anos. 
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  2. A Era Glacial Neopaleozoica (362 a 256 Ma) deixou um registro nas bacias sedimentares Gondwânicas na forma de depósitos e feições erosivas glaciogênicas. A glaciação é registrada na Bacia do Paraná nos estratos do Grupo Itararé e em sua discordância basal caracterizada por diversas estruturas erosivas. Estruturas erosivas, como superfícies estriadas, e diamictitos são amplamente empregados tanto na caracterização de aspectos paleoglaciológicos como na definição do paleofluxo de geleiras e suas áreas-fontes. Entretanto, superfícies estriadas também são geradas por quilhas de icebergs, assim como diamictitos são gerados por outros processos não-glaciais. No sul do Brasil, o avanço das geleiras carboníferas esculpiu diferentes feições sobre o embasamento do Grupo Itararé, sendo interpretadas como produto de diferentes cenários de glaciação. No Paraná, geleiras não confinadas e de base plana avançaram predominantemente sobre arenitos devonianos da Formação Furnas. Em Santa Catarina, o avanço de geleiras sobre terrenos ígneos e metamórficos resultou em uma discordância de topografia muito irregular que sugere a presença de corredores de gelo. No Rio Grande do Sul, uma série de paleovales glaciais são interpretados como o produto da ação glacial sobre o escudo riograndense. Entretanto, há controvérsia sobre o controle tectônico versus glacial na geração destes paleovales. O estudo detalhado da ação glacial vem refinando o entendimento sobre a complexa glaciação que ocorreu no sul do Brasil durante o Carbonífero. 
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  3. Resumo Independentemente da perspetiva ou do critério de análise, os efeitos do paludismo no continente africano têm sido persistentes e profundos. Centrando-se na doença da malária e nas intervenções biomédicas do último século, Graboyes e Alidina levantam questões históricas, éticas e científicas essenciais relativamente à transmissão da verdade, à autonomia africana e às obrigações dos investigadores estrangeiros. Neste artigo, apresentam um resumo da história das iniciativas contra o paludismo que tiveram lugar em África nos últimos 120 anos, com destaque para a história global das tentativas frustradas de eliminar ou controlar a doença. Através de um estudo de caso sobre os riscos da malária ressurgente, exemplificam os problemas práticos e morais que emergem sempre que os conhecimentos históricos são ignorados. Perante os atuais apelos para que se intensifiquem os esforços em prol da erradicação da doença, Graboyes e Alidina demonstram, através de dados factuais, as razões pelas quais o conhecimento histórico tem de ser mais bem integrado nos domínios epistémicos da saúde global. 
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  4. Neste relato de experiências trazemos uma breve revisão da literatura, em sua maioria de artigos e relatórios técnicos produzidos pelos projetos de Pesquisa MAP-FIRE e Acre-Queimadas sobre a ocorrência e impactos de incêndios florestais na Amazônia, com detalhamento para a região MAP (Madre de Dios - Peru, Acre – Brasil e Pando-Bolívia). Os incêndios em áreas de agropecuária ou de floresta trazem impactos socioeconômicos e ambientais, e vem aumentando sua ocorrência nos últimos anos, sendo intensificadas em anos em que há seca extrema ou flexibilização da fiscalização. Enquadra-se nesse último caso o ano de 2019, em que se observou no Estado do Acre um aumento de 80% da área queimada em relação ao ano anterior, impactando a qualidade do ar por mais de 30 dias em alguns municípios. Para entendermos como prevenir ou mitigar as consequências a ocorrência de tais eventos, é necessário realizar um diagnóstico da governança, envolvendo as comunidades locais. Estas, uma vez incluídas na elaboração de planos estratégicos para monitorar, mitigar e combater as queimadas e incêndios florestais terão sua vulnerabilidade reduzida e sua capacidade de autoproteção aumentada. Para isso, o diálogo entre ciência e sociedade é imprescindível. Convidamos o leitor interessado em participar do projeto a entrar em contato com os autores. 
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  5. A Era Glacial Neopaleozoica (LPIA – Late Paleozoic Ice Age) é representada na Bacia do Paraná pelo Grupo Itararé, cujos estratos fornecem um registro glacial dominado por sucessões glácio-marinhas e raros intervalos deformados por geleiras. Depósitos glaciotectonizados possuem macroestruturas como dobras, falhas e zonas de cisalhamento geradas sob ou na margem da geleira, formados quando a margem glacial avança sobre os sedimentos. Poucos estudos existem em estruturas microscópicas glaciotectônicas em estratos pré-Cenozoicos. Este estudo tem como objetivo utilizar as microestruturas como ferramenta auxiliar na interpretação de depósitos sedimentares deformados em contexto glacial. Os resultados são utilizados para avaliar criticamente a aplicabilidade da micromorfologia no registro glacial pré-pleistocênico e como essas estruturas podem ser modificadas ao longo do tempo em resposta à litificação e à diagênese. O estudo combina dados de campo com a análise micromorfológica e microestrutural detalhada de 18 lâminas petrográficas de rochas coletadas na porção basal do Grupo Itararé no município de Balsa Nova. As amostras laminadas foram coletadas em litotipos diferentes, incluindo diamictitos, arenitos e lamitos, deformados por glaciotectonismo. As microestruturas encontradas incluem uniastrial e skelsepic plasmic fabrics, foliações tipo SC, plasma bandado, estruturas rotacionais, grain turbates,alinhamento de grãos, microzonas e microplanos de cisalhamento, clastos cisalhados, falhas, dobras, ‘boudins’, estruturas de escape de fluidos e intraclastos. Em fácies bem selecionadas, com pouca ou nenhuma matriz, ocorrem também estruturas tipicamente relacionadas à compactação e diagênese, como grãos fraturados, redução da porosidade primária, contatos suturados e estilolitos. Os resultados mostram grande variedade de assembleias possíveis para as microestruturas, não necessariamente relacionáveis com a posição dos sedimentos em relação ao gelo no momento da deformação. Além disso, a porcentagem de matriz na amostra desempenha papel fundamental na preservação de estruturas primárias e feições de deformação em sedimentos. Fácies com pouca matriz sofrem grandes mudanças texturais devido à diagênese, que podem se sobrepor ou obliterar completamente as microestruturas glaciais. 
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